quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“A arquitetura como construir portas,
de abrir, ou como construir o aberto;
construir; não como ilhar e prender;
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que se abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa”


Melo Neto, João Cabral de, Fábula de Um Arquiteto, A Educação pela Pedra, Rio de Janeiro, nova Fronteira, 1996, p. 36

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz dia dos Professores!!!

Prezados Professores,

Hoje quando pensei em escrever estas palavras, me peguei pensando no real valor da profissão de professor, que apesar das atuais dificuldades e complexidades é exercida sobretudo com muito amor e dedicação.
Claro, sem querer desmerecer qualquer outra profissão, jamais poderemos deixar de ressaltar a importância dos responsáveis pela iniciação, amadurecimento intelectual e fornecimento das ferramentas necessárias para o exercício de tantas outras profissões.
O professor é o grande operário. É ele que fornece as informações e as experiências que formam a base, o centro e ápice da nossa sociedade. De seus ensinamentos nasce e desabrocha o futuro da nossa nação.
Não há de se falar em uma sociedade realmente estruturada e humana, sem o semear dos professores.
Bendito é aquele que vive para ser feliz, mas se contenta com o sorriso alheio. Essa é a essência do ensinar, pois a satisfação de um professor está na realização dos sonhos de seus alunos.
Desta forma, neste dia tão especial, parabenizo todos os professores do Centro Paula Souza.

Feliz “Dia dos Professores”.

Carlos Alexandre Ribeiro

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade
sem ela tampouco a sociedade muda”

Paulo Freire

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arquitetura para aprender conceitos

A escola contemporânea é o ponto de encontro dos jovens e destes com a cidadania. Na nova escola estamos preocupados não só com o conhecimento, mas com a construção de uma Cultura.
Novas tecnologias estão revolucionando os processos de transferência do conhecimento. O acúmulo de conhecimento não é mais lento e penoso e sim instantâneo e abrangente. É preciso ficar atento aos processos de globalização, a internet, etc.
A sala de aula irá mudar radicalmente nos próximos anos, tanto quanto já mudaram as relações de trabalho, emprego e trocas. A boa arquitetura e a boa escola transcendem ideologias, governos, e deixam gravado nos nossos corações, o lugar, as suas proporções, seus cheiros e a saudade dos momentos agradáveis ali vividos.
A escola é um importante ponto de encontro e local de construção de sólidas relações sociais, que duram a vida toda, esses colegas de infância nos acompanharão pela vida construindo também o País.

Arquiteto Paulo Sophia

Poesia

Cidade é natureza;
a metrópole é conseqüência.
A poesia é concreto!
O design é veículo!
O comércio é meio e
A indústria é nossa mão.
O consumo nossa gula.
Arte é persistência.
Circulação é velocidade.
mercado ocasião.
moda é temporada.
o tecido é exterioridade.
a comunicação volátil,
e prazer obrigatório.
Poluição ignorante,
violência estúpida
e a felicidade duvidosa,
Meio ambiente é construção.
Estética é desconstrução.
Arquitetura espetáculo.
forma é embalagem
diversão é o conteúdo,
conteúdo é divertido.
Política obrigatória !
Tecido urbano nosso fato.

Paulo Sophia
01-08-06

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A importância do professor em tornar o aluno um cidadão

Terminada a última guerra mundial foi encontrada, num campo de concentração nazista, a seguinte mensagem dirigida aos professores:


"Prezado Professor, Sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas.

Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim, tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos.

Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e aritmética só são importantes para fazer nossas crianças mais humanas."
 
Retirado do texto: Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação de Ladislau Dowbor

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Paulo Freire

" A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer".

terça-feira, 25 de maio de 2010

Arquitetura do Centro Paula Souza

Vivemos em um mundo globalizado, com um mercado altamente competitivo, inspirado nos avanços tecnológicos. Assim, a Educação Profissional destaca-se como um fator estratégico de competitividade e desenvolvimento humano na nova ordem econômica mundial.

Para o aprimoramento e acesso de jovens ao mercado de trabalho, o ensino tecnológico busca condições para que o aluno desenvolva e expresse suas potencialidades. As estruturas curriculares dos cursos, ao estabelecerem ampla conexão entre a teoria e a prática, assim como entre a sala de aula e o ambiente de trabalho, permitem aos alunos que aproveitem suas próprias vivências na construção de uma aprendizagem sólida, cujos traços se voltam ao empreendedorismo, à produtividade e ao desenvolvimento de participação cidadã na sociedade.

Por estes motivos, o Governo do Estado de São Paulo desenvolveu o plano de expansão das Escolas Técnicas e Faculdades de Tecnologia do Centro Paula Souza, buscando aumentar o número de matrículas no ensino técnico e tecnológico gratuito.

Atualmente, o Centro Paula Souza administra 186 Etecs e 49 Fatecs estaduais em 148 municípios no Estado de São Paulo. As Etecs atendem mais de 180 mil estudantes no Ensino Médio e no Ensino Técnico, para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços, em 91 cursos técnicos. Esse número inclui 3 cursos técnicos oferecidos na modalidade semipresencial, 3 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e 2 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Já nas 49 Fatecs, cerca de 40 mil alunos estão matriculados nos 51 cursos de graduação tecnológica.

Tenho estudado muitas teorias a respeito da Educação Escolar. A seguir, posto algumas imagens das Unidades de Ensino que estão sendo inauguradas pelo Centro Paula Souza. Logo explicarei sobre cada escola e como as teorias estudadas são, ou não, aplicadas a elas.











sábado, 22 de maio de 2010

Paulo Freire

Frase do dia...

"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A influência da Arquitetura no Ambiente Escolar

“ Comecemos pelas escolas, se alguma coisa deve ser feita para “reformar” os homens, a primeira coisa é “formá-los”.
Lina Bo Bardi em Primeiro: escolas, Habitat, n°4, 1951)

O campo da arquitetura escolar envolve alguns aspectos importantes, e torna-se um desafio aos arquitetos, na medida em que exige um trabalho criativo de excepcional responsabilidade social.

Depois de muitos anos de discussão sobre os métodos de ensino, alguns educadores buscam compreender também qual a influência da arquitetura no processo de aprendizagem dos alunos.

Propõe-se, então, discutir a importância da arquitetura na educação, sua contribuição para o bem estar do aluno no ambiente escolar, tendo em vista o papel do meio físico, da estrutura onde é aplicada a metodologia de ensino e onde o aluno passa grande parte do seu tempo.

É esta arquitetura escolar que se propõe pesquisar, verificando até que ponto ela pode interferir na prática pedagógica e desempenho do aluno nas escolas, como complemento em prol do desenvolvimento socioeconômico, promovendo o ser humano, de modo a melhorar sua qualidade de vida e bem-estar, contribuindo para uma sociedade mais justa e sustentável.

Entretanto, como toda disciplina recente, a Arquitetura Escolar ainda está recheada de muitas suposições teóricas sem comprovação, embora não haja dúvidas quanto à influência das estruturas espaciais sobre o comportamento humano.

A qualidade de vida no ensino é uma preocupação crescente entre administradores e educadores. Porém, é necessário estabelecer novos parâmetros, estudar melhor a interferência da estrutura física no homem, pensar a especialidade para criar novos horizontes, usando a imaginação quanto à forma das coisas que haveremos de construir. Por isso, é preciso mais e mais pesquisas.

É analisando todos esses aspectos que se pretende desenvolver uma pesquisa aprofundada de como projetar ambientes escolares com qualidade arquitetônica, influenciando o comportamento tantos dos alunos quanto dos professores, funcionários, e todo seu entorno.



LOGO POSTAREI A CONCLUSÃO DESTA PESQUISA...

sábado, 15 de maio de 2010

Artigo sobre tecnologia do ensino

FERNANDA ZANGROSSI ALVES

BRUNA FERNANDA DOS SANTOS FERREIRA



Os professores são os profissionais mais populares da Finlândia. Os salários são bons, mas não o suficiente para atrair os jovens profissionais. A reputação da carreira é o principal fator na escolha.

"Não é o salário que torna a carreira tão popular e atraente na Finlândia. Nossos salários estão em desvantagem em relação aos de outros países da Europa. A diferença é que todos os nossos professores têm mestrado em educação e a carreira acadêmica é extremamente respeitada."

SITE IG. ARTIGO 13 DE MAIO DE 2010



Tecnologias Educacionais

É preciso que os professores estejam acompanhando essa nova era de inovações, que repensem suas práticas pedagógicas, precisam perder o medo de arriscar, de não saber, deixar de querer ser o dono do saber e superior ao seu aluno, seu papel é de colaborador, de criar oportunidades para seus alunos, pois havendo uma troca recíproca facilitará a aprendizagem. A escola precisa deixar de ser a transmissora de informações, propiciando um ambiente de aprendizagem para a construção do conhecimento.

O educador deve estar apto a mudar e estar consciente da importância da tecnologia educacional como ferramenta valiosa no processo de ensino e aprendizagem, facilitando para o educando uma assimilação significativa dos conteúdos, bem como proporcionando um avanço na construção de novos conhecimentos.

Não basta tentar remendos com as atuais tecnologias, devem-se fazer coisas diferenciadas, é hora de mudar de verdade e vale a pena fazê-lo logo, chamando os que estão dispostos, incentivando-os de todas as formas, dando tempo para que as experiências se consolidem e avaliando com equilíbrio o que está dando certo.

As tecnologias permitem um novo encantamento na escola, possibilitam aos alunos a construção de novos conhecimentos, dessa forma o processo de ensino-aprendizagem pode ganhar dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.

O re-encantamento, não reside principalmente nas tecnologias, mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio.

Como reverter essa situação?

Bem, uma grande possibilidade encontra-se no bom uso das Tecnologias Educacionais.

As Tecnologias Educacionais aproximam de forma rápida e direta o aluno da escola, porque assim a escola passa a fazer parte da linguagem do aluno. Essa linguagem é dotada de um grande número de tecnologias que estão ao nosso redor: televisão, celular, computador, e o aluno tem mais interesse nessa Linguagem Multimídia.

Com o uso de Softwares Educacionais, os professores conseguiram fazer com que suas aulas fiquem mais atraentes e emocionantes, com isso o aluno voltará a ter interesse em frequentar a sala de aula e buscar novos conhecimentos.

Autor. Alan Batista Medeiros


DIANTE DESTE DIAGNÓSTICO E DA SOLUÇÃO ENCONTRADA PELO AUTOR CONCLUÍMOS:

É ÓBVIO QUE ESSE PROCESSO NÃO É REPENTINO, MAS É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA QUE NOSSOS EDUCADORES ESTEJAM DISPOSTOS A ACEITAR E DOMINAR ESSAS TECNOLOGIAS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS EM TODAS AS CLASSES ECONÔMICAS E SOCIAIS, PARA O NOSSO BEM E DE TODOS OS ALUNOS. DEVEMOS FAZER ISSO POR UMA EDUCAÇÃO MELHOR E DE MAIOR QUALIDADE, PRECISAMOS DA PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS FORMADORES DE OPINIÕES, PAIS E PRINCIPALMENTE DA SOCIEDADE NESSE NOVO MOMENTO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO.

TAMBÉM NÃO PODEMOS ESQUECER QUE NÃO BASTA APENAS DISPONIBILIZAR TECNOLOGIA, COM EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO, MAS CAPACITAR OS EDUCADORES PARA QUE ENTENDAM MELHOR A TECNOLOGIA E SAIBAM APLICÁ-LAS DE FORMA QUE VENHAM A CONTRIBUIR CADA VEZ MAIS AOS ALUNOS.











sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fábula de um arquiteto

“A arquitetura como construir portas,
de abrir, ou como construir o aberto;
construir; não como ilhar e prender;
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que se abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa”

João Cabral de Melo Neto

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Professor Educador

Professor educador
por Gabriel Chalita
12 de março de 2007

Alguns professores marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará, ao longo da vida.

É comum, no período que antecede o início das aulas, terem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem - é a aventura do aprendizado.

Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, dos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.

Em uma leve viagem ao passado, todos rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará, ao longo da vida.

Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão ali exercendo a profissão de estar ali. E nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado, e sequiosos do fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.

Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor - palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos - é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.

Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de história, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, ela propositadamente errava, e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.

Talvez um exercício interessante para o professor seja o das lembranças. Lembrar, de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores, e de repente ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.

E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente mas essencial para quem educava: gostar de viver.

Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor.

Quem gosta de viver, educa!

Compreensão

"Professores compreensivos conseguem entender que a aprendizagem é múltipla, e que cada um aprende de uma forma diversa. E mais: têm a humildade de mudar a estratégia para que os alunos que estejam à margem, por qualquer motivo, sintam-se integrados..."

Gabriel Chalita

Filme Iris

"A educação não traz felicidade e nem sequer liberdade. Não nos tornamos felizes porque somos livres, se somos, ou porque somos ou fomos educados, se formos. Mas porque a educação pode ser o meio pelo qual percebemos que somos felizes. Ela abre nossos olhos e ouvidos. Conta-nos onde se escondem os prazeres. Convence-nos de que só existe uma liberdade que realmente importa. A da mente. E nos dá a segurança, a confiança para trilhar o caminho que a nossa mente educada proporciona."

A harmonia no ambiente escolar

A harmonia no ambiente escolar

por Gabriel Chalita

27 de janeiro de 2010


Cecília Meireles, em sua saborosa poética, assim escreve: "Ensinar é acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética, afetuosa e participante."

Quando se lê a educação com esse olhar de Cecília, parece que o dia a dia na relação professor-aluno é encantado. Muitos dirão que essa elevação afetiva só funciona no plano das idéias e que, na prática, se assiste a um aviltante processo de destruição das relações humanas.

A violência nas escolas se materializa em agressões verbais e físicas. É a prática do bullying que destrói as relações e os seres humanos. O professor se sente vítima de um sistema que não o valoriza, portanto não o entende bem, nem o protege. Os alunos parecem prontos para a batalha. Padecem de amor e de limites. A ausência familiar se faz sentir na postura agressiva ou apatia em sala de aula.

Além disso, e talvez por isso, tentam disputar poder com os professores que, por sua vez, se deixam levar em um debate desnecessário. Há um axioma essencial na relação entre professor e aluno: autoridade harmonizada pelo afeto. O aluno precisa de limite e precisa compreender o papel do educador. O educador não pode impor sua autoridade, mas deve conquistá-la. Sem brigas nem ameaças. Sem histeria nem parcimônia. Com o respeito de quem sabe ensinar e aprender e de quem harmoniza as relações.

É imprescindível o resgate das relações harmoniosas no universo escolar. Evidentemente, são a experiência e a disposição do professor que farão com que ele toque na alma do seu aluno - sem isso não há educação. Alguns cuidados em nossas atitudes são de extrema importância. O primeiro deles é que professor não brigue com aluno, mesmo que tenha razão. Se isso acontecer, parte da sala torcerá pelo aluno e a outra pelo professor, assim, ele deixa de ser referencial. Um segundo cuidado seria o professor não colocar apelido em aluno. Outra precaução seria a de não comparar um com o outro - é preciso lembrar que não há homogeneidade no processo educativo, mas heterogeneidade. E, por último, o professor não pode se mostrar arrogante nem subserviente. O meio termo é amoroso.

E aí voltamos à Cecília Meireles. A harmonia no ambiente escolar há de ocorrer quando se consegue quebrar a carcaça que envolve alguns alunos, pela falta de algo que deveria ter vindo antes. É esse sonambulismo, essa postura incorreta frente à vida e frente a si mesmo.

Trata-se de ajudá-lo a viver essa contemplação poética, ou, em termos aristotélicos, a buscar uma aspiração para a vida. Ou ainda, em Paulo Freire, ajudá-los a desenvolver autonomia para sonhar.

Aí sim, o professor mostrará autoridade. Autoridade generosa de quem confia e cobra. De quem educa pelo exemplo, pelo respeito, pela admiração de seus alunos. E é nesse bom caminho que entra o afeto como instrumento de poder e participação. É do olhar do mestre que saem essas virtudes. O olhar que acolhe e que constrange quando necessário. O olhar que se faz cúmplice nas boas conquistas e que lamenta docemente pelo que se perdeu. O olhar que mantém o silêncio na sala de aula, sem gritos ou lamentações, mas que é capaz de chorar pela emoção de mais um aprendiz que encontrou seu caminho.

A harmonia no ambiente escolar não é uma utopia. É talvez uma tarefa complexa que exige o que de melhor podem dar os educadores: competência, coragem e muito, muito amor!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Boa semana!!!

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o q ensina.
Cora Coralina